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cultura

A ocupação humana do território da atual freguesia de Montargil remonta à Pré-História, mantendo-se ininterruptamente até ao período romano. Após um despovoamento que atravessa toda a Idade Média, a partir do século XIV desenvolve-se na povoação de Montargil uma pequena comunidade dotada de uma vida social própria, que perdura até à atualidade.

Em 1332, o concelho de Montargil, que se terá constituído a partir do desmembramento do de Santarém, encontrava-se já instituído, e, desde 1542, no reinado de D. João III, a vila passou a poder eleger os seus juízes e oficiais, ter bandeira, selo e levantar pelourinho.


IGREJA DA MISERICÓRDIA 

De construção Quinhentista, apresenta portal ladeado por colunas de capitéis decorados com folhas de acanto e encimado por frontão triangular com as armas da Coroa Portuguesa. A Igreja é ladeada, à esquerda, pelo antigo Hospital, construído no século XVIII, e, à direita, pela sacristia e a antiga Casa da Mesa ou Consistório, onde se reuniam os irmãos que dirigiam a Misericórdia.


CAPELA DO SENHOR DAS ALMAS 

A Capela do Senhor das Almas substituiu, em 1930, um pequeno nicho no tronco de um sobreiro que, nesse mesmo local, servia para rezar pelas almas do purgatório. Atualmente, uma romaria popular anual, celebrada em setembro, festeja nesse local a exaltação da Santa Cruz.


PELOURINHO 

Símbolo da autonomia municipal e local onde, entre outros aspetos, se aplicava a justiça, com exceção da pena capital. Este monumento, erguido em 1957 no local onde se julga ter-se situado o pelourinho original, permanece como o símbolo do período em que Montargil foi sede de concelho, entre o século XIV e 1855.


IGREJA PAROQUIAL DE MONTARGIL 

A origem do edifício atual remonta, pelo menos, a finais do século XVI, embora tenha sofrido importantes obras nos séculos XVIII e XX. Apresenta planta em cruz latina e uma só nave, destacando-se no seu interior, do ponto de vista artístico, a Capela do Senhor dos Passos, em estilo rocaille. O orago deste templo é Santo Ildefonso, Arcebispo de Toledo. No largo lateral à Igreja está presente um cruzeiro, construído em granito, tendo sido erguido para comemorar o ano santo de 1950, enquanto na parede da sacristia sobressai uma janela de ferro forjado datada do século XVII. Nas traseiras da atual Igreja funcionou, até ao início do século XX, uma prisão que, após o seu desmantelamento, foi anexada ao templo.


CAPELA DE SÃO PEDRO 

Edifício de frontão triangular, planta retangular, de uma só nave e capela-mor, com pinturas populares nas paredes laterais e teto, é dedicado ao apóstolo São Pedro, primeiro Papa e um dos fundadores da Igreja Católica.


IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO 

Vem referida nas Memórias Paroquiais de 1758, mas será provavelmente anterior. Situa-se no largo a que dá o nome, a poente e em plano elevado, na chamada zona do Outeiro. Invoca São Sebastião, soldado romano do século III d. C., cuja devoção foi trazida para a Península Ibérica por influência romana.


CAPELA DE SANTO ANTÓNIO

Edifício composto por dois corpos, com capela-mor de planta circular e sendo a nave única, de forma retangular, possivelmente adaptada de um primitivo vestíbulo aberto ao exterior. No interior pode-se admirar um retábulo em madeira entalhada e dourada a ouro fino, em estilo barroco, datável do final do século XVIII. Conta a lenda que as raparigas em idade de casar tentavam, de olhos vendados, acertar com a chave na fechadura da porta da Capela; o número de tentativas representaria os anos de espera pelo casamento.